Lei de Bem-Estar Animal prevê que o ser humano deve evitar o sofrimento do animal por “motivos banais”
Por Lielson Tiozzo
O pesque-e-solte é proibido de ser praticado na Alemanha. Além disso, o emprego de isca viva é banido. As medidas fazem parte da Lei de Bem-Estar Animal do país, o qual prevê a responsabilidade dos seres humanos sobre os demais seres vivos.
A proibição do pesque-e-solte no país não satisfaz parte dos amantes da pesca esportiva na Alemanha. Em 2017, houve o lançamento de um vídeo chamado “Crime e Realidade”, o qual aponta as dificuldades que os amantes do fly encontram (clique aqui para assistir, em alemão). Apenas os peixes fora da medida permitida para o abate podem ser soltos.
Outro detalhe é sobre o emprego de isca viva. Usar um peixe como isca implica em “explorar o sofrimento”. Algo descartado pela lei ambiental local.
Logo, o pescador deve consumir o que pesca e se não usar isca artificial, o peixe empregado deve estar morto.
O objetivo dos alemães é evitar a exploração dos animais por um “motivo qualquer”. Soltar o peixe “já ferido” não faria sentido.
Pescadores locais relatam em fóruns internacionais que praticantes do pesque-e-solte foram condenados, enquanto que profissionais, com redes, foram absolvidos por juízes. Afinal, em suas defesas, alegaram que mantinham os peixes assim para poder garantir o próprio sustento.
Todo pescador deve portar uma licença de pesca estadual. Cada um dos estados possui suas próprias regras de pesca, as quais basicamente determinam os tamanhos para o abate dos peixes e as cotas.
Quem é flagrado descumprindo estas regras está sujeito a uma multa que chega a 25 mil euros e a pena pode ser de dois anos de prisão.
Na Alemanha, a pesca em águas continentais tem como destaque as trutas. Já no Oceano, cavalas e até mesmo os bacalhaus fisgados nas águas geladas do norte do país são os protagonistas.