Registro na IGFA, na verdade, pode ter sido de uma jatuarana pescada em 2015
Por Lielson Tiozzo
Qual é o recorde da matrinxã? Consta nos registros da IGFA um exemplar de 3.40 kg pescado em 2015, em Manaus. O autor da façanha é um obcecado por recordes, Peter Binaski, quem possui nada menos do que 95 registros, sendo 11 ainda válidos.
No entanto, chama a atenção que o registro da matrinxã pode, na verdade, estar vago. O exemplar citado pela IGFA seria da espécie Brycon falcatus. Esta seria a jatuarana, que, por sua vez, não tem recorde registado.
A matrinxã possui o nome científico Brycon cephalus. Isto indica que ambos peixes são do mesmo gênero Brycon, por isso podem ser chamadas de “primas”. E de fato são parecidas: corpo alongado e cheio de escamas prateadas. E são encontradas nas mesmas bacias, amazônica e do Araguaia-Tocantins. Mas não são o mesmo peixe.
O detalhe é que uma matrinxã de 3.40 kg seria um belo exemplar. Mas não impossível de ser batido. O mesmo se dá com a jatuarana. Também não seria muito difícil superar este recorde se o pescador fizer um esforço.
Que tal encontrar exemplares maiores e mudar este recorde para a IGFA?