Segundo levantamento da SEMA, o número de pescados apreendidos foi 28% maior em relação ao primeiro semestre de 2018. Volume de multas e de apreensão de redes também cresceu
Por Lielson Tiozzo
A pesca predatória em Mato Grosso teve um aumento significativo no primeiro semestre deste ano em relação mesmo período de 2018. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), o volume de pescados apreendidos foi 28% maior. Foram quase seis toneladas de peixe retirados de maneira irregular nos rios do estado.
Além disso, outros números chamam a atenção. De maneira negativa. Houve o aumento de 184% no volume de apreensão de redes e de 212% de tarrafas. As multas totalizaram R$ 405 mil, representando um aumento de 135% em relação ao ano passado.
O impulso da pesca predatória surge num momento em que Mato Grosso vislumbra a implementação da cota zero do pescado a partir de 2020. Tramita na Assembleia Legislativa um Projeto de Lei do poder executivo sugerindo a medida.
No entanto, empresários do turismo divergem sobre o tema. Enquanto uma parte acredita que medida protecionista preservará os estoques pesqueiros, e assim garantirá a alegria dos turistas, outros enxergam o contrário. Sem poder levar o peixe para casa, pescadores irão para outros estados.
O Projeto de Lei 688/19 já recebeu, inclusive, um texto substitutivo no qual estabelece uma cota de 5 kg para os amadores. Na última semana houve uma Audiência Pública para debater o assunto.
Agora está sob análise da Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e de Regularização Fundiária. Mas, pelo visto, ainda vai ter muita discussão antes de ser aprovado ou não.