Ação contra pesca predatória na véspera da piracema se deu na região da divisa com o Paraguai; PMA elogia orientação de pousadas que pedem para pescadores evitarem a pesca predatória
Por Lielson Tiozzo
Uma operação da Polícia Militar Ambiental impediu a ação de pesca predatória em massa no Rio Paraguai, na divisa com o país vizinho. Foram fiscalizadas 47 embarcações durante cinco dias. Com elas foram apreendidos 50 espinheis com 1500 anzóis grandes e 165 anzóis de galho. “Um número impressionante”, de acordo com a corporação. Peixes vivos que estavam nos anzóis foram soltos.
Segundo a PMA, a região de fronteira com o Paraguai tem fiscalização intensificada no período que antecede a piracema – a época de reprodução dos peixes. Isto porque brasileiros paraguaios armam muitos apetrechos ilegais no rio, “pela facilidade de fuga em território vizinho, caso sejam surpreendidos pela fiscalização”.
“Nos dias 26 e 27, diversas embarcações de turismo pesqueiro e pequenas embarcações com turistas e pescadores sul-mato-grossenses tinham sido fiscalizadas e oito espinheis com 30 anzóis cada um, que estavam armados no curso rio, tinham sido retirados”, revela a PMA.
A operação continuou nos dias seguintes. Foram apreendidos 50 espinheis (cabos de aços e cordas com 30 anzóis grandes, estendidos pelo rio) e mais 165 anzóis de galho.
“Apesar disso, a grande quantidade de pessoas e embarcações fiscalizadas sem serem encontradas ilegalidades demonstra que os pescadores, em sua maioria, estão respeitando a legislação, especialmente, os que pescam em embarcações de turismo, devido à orientação que recebem dos empresários proprietários das embarcações”, cita a corporação.
Ainda de acordo com a PMA, na área fiscalizada, a maioria dos petrechos é colocada por pescadores paraguaios.