Três são multados em R$ 10 mil por pesca subaquática de jaús

O valor das multas foi aumentado por conta da prática considerada ilegal onde ocorreu e pelo fato dos jaús serem considerados em “extinção”, segundo a PMA

Por Lielson Tiozzo

Três pescadores foram multados em R$ 3.480 mil cada (R$ 10.440 no total) mil pelo abate de exemplares de jaú – espécie considerada em extinção em São Paulo. O flagrante se deu em Rosana (SP). Eles teriam feito pesca subaquática com arbalete no Rio Paranapanema no último final de semana. A prática também não é permitida no local, o que agravou o valor da infração.

A Polícia Militar Ambiental (PMA/SP) havia recebido uma denúncia e foi investigar os pescadores. Como eles foram encontrados três exemplares de jaús.

Um peixe pesava 21 kg e media 1,19 m, o outro, 16 kg e media 1,14 m, enquanto o terceiro pesava 15 kg media 1,10 m.

“Os peixes não estavam congelados e apresentavam características de que teriam acabado de serem esviscerados”, de acordo com a polícia.

Ainda foram apreendidos dois arbaletes, duas máscaras de mergulho, dois pares de nadadeiras e uma roupa de mergulho.

Diante das evidências de pesca proibida, a polícia elaborou três autos de infração ambiental “por pescar mediante a utilização de método não permitido”. O pescados foram doados ao Lar do Ancião, em Teodoro Sampaio (SP).

A Polícia Militar Ambiental de São Paulo divulgou um balanço do último período de proibição da pesca, entre novembro e fevereiro passado, por conta da piracema. Foram apreendidas 7,9 toneladas de pescado e 1,1 mil redes de pesca. Outras 75 embarcações foram apreendidas por conta de infrações de pesca.

“A piracema acabou, mas o Policiamento Ambiental continua com o policiamento por terra, água e ar com o objetivo de fiscalizar, entre outras normas, o que está contido nas Instruções Normativas IBAMA nº 26 e 195, que estabelecem as normas gerais de pesca para as bacias inseridas no território paulista”, informa a corporação, por meio de suas redes sociais.

O jaús possuíam marcas dos arbaletes e ainda estavam “frescos” (Foto: PMA/SP)