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Há alguns meses, fiz uma das viagens mais memoráveis da minha vida. Me lembro do misto de ansiedade e vontade em voltar a pescar depois uma pausa devido à pandemia.
Meu nome é Rayanne Costa e minha paixão pela pesca existe desde criança. Hoje, vou contar o dia que bati o meu recorde pessoal do “maior jaú capturado” como pescadora.
Saí do Rio Grande do Sul de camionete junto com a minha família. O meu destino foi o Amazonas, entre ida e volta, percorri um trajeto de 9 mil quilômetros. O caminho foi exaustivo, mas que história não fica mais empolgante com uma pitada de aventura?
Depois de 3 dias na estrada, peguei um voo de 70 minutos até a operação de pesca. Enfim, o calor e a brisa fresca que só existe na Amazônia me deram boas-vindas.
“O trabalho’’ começaria no dia seguinte.
Era 6h15min da manhã. Separei iscas brancas (pedaços de peixes da região) e vivas (tuviras) no viveiro do barco com água para conservá-las.
Tralhas prontas: carretilha perfil alto, vara 6,6”, 200 lb, anzol encastoado 12/0, 200 metros de linha multifilamento 0.90 mm, 250 lb.
– Então, vamos pescar!
Paramos o barco em um poço próximo às corredeiras e pedras. Arremessei perto de nós e o guia disse que qualquer lugar pegava peixe. Será? Pois bem, foram 10 minutos de espera até sentir a primeira beliscada. Esperei mais um pouco para o peixe morder melhor a isca e depois dei dois puxões para fisgá-lo.

Sim, era um peixe gigante.
Não sei você, mas para mim, cada pescaria é como se fosse a primeira. E nessa hora, meu coração chegou a 200 bpm! Poucas vezes senti um ataque tão forte.
Foram 40 minutos de briga com uma linha quase arrebentando por causa do atrito com as pedras, imagina a emoção.
Com a ajuda do guia, trouxemos o bagre até o barco. Na hora, tínhamos apenas uma fita métrica de 1,60 metros… e pasmem! Que troféu! O jaú era maior que isso.
Esperei o peixe recuperar o fôlego e o soltei de volta para a água. Eu também precisei de uma pausa para me recuperar. Foi uma experiência incrível e era apenas o primeiro dia da minha expedição pela Floresta Amazônica (fiquei 10 dias explorando aquela região).
Lá, eu fiquei sem internet, sem sinal de telefone e sem energia. Mas tive paz, tranquilidade e liberdade. Um nascer do sol maravilhoso, que faz a gente querer parar no tempo. Dormia ouvindo o barulho da cachoeira e acordava com o som dos pássaros. E claro, tinha muito peixe grande.

Ter esses momentos de pescaria e aproveitar cada detalhe na natureza, é uma riqueza nos dias de hoje. Você já viveu isso?