Steven Spielberg crê que longa despertou caças ao peixe
O cineasta Steven Spielberg, autor do filme “Tubarão” (1975), diz que o seu filme colaborou para uma dizimação do animal, além de criar uma imagem de que o peixe gigante é um verdadeiro monstro. O americano destacou ainda que lamenta isso tudo.
As declarações foram em uma entrevista dele à BBC, da Inglaterra. Ao ser questionado como reagiria se ficasse em uma ilha só com tubarões, Steven Spielberg, que dirigiu o filme, desabafou:
“Essa é uma das coisas que ainda temo – não ser comido por um tubarão, mas que os tubarões estejam de alguma forma bravos comigo pelo frenesi que aconteceu depois de 1975, o que eu realmente, e até hoje, lamento: a dizimação da população de tubarões por causa do livro e do filme. Eu realmente me arrependo disso.”, comentou Steven.
O livro ao qual Steven se refere tem o mesmo nome e é de 1974, escrito pelo americano Peter Benchley (1940-2006). Coincidência ou não, após o livro e o filme, o número de caça de tubarão subiu bastante, de acordo com George Burgess, diretor do Programa de Pesquisa de Tubarões da Flórida.
“Milhares de pescadores partiram para pegar tubarões-troféu depois de assistirem a ‘Tubarão. Foi uma pesca de colarinho azul. Você não precisava ter um barco ou equipamento sofisticado – um Zé Ninguém poderia pescar peixes grandes e não havia remorso, pois havia essa mentalidade de que eles matavam homens.”, disse George.
Após o filme “Tubarão”, houve outros três filmes, mas nenhum com a participação de Spielberg: “Tubarão II” (1978), “Tubarão III ” (1983) e “Tubarão IV – A Vingança” (1987).