O surubim-chicote, mais conhecido como bargada (Sorubimichthys planiceps), também tem seu lugar no vasto repertório oferecido pelo Rio Araguaia
“Enfim a pescaria no Araguaia que tanto planejei! Vai ser a hora de fazer força! Muita pirarara, vou arrebentar nas piraibas gigantes de lá e quem sabe pegar uns pirarucus. Que bom! Não vejo a hora de chegar na beira do rio.” Isso é o que muita gente pensa quando se fala de pescaria no Araguaia, um rio muito famoso pelos seus grandes peixes de couro.
Chega o dia da viagem. Todo equipamento pesado está separado, com linhas fortes, carretilhas oceânicas para as piraíbas e os “anzolões” encastoados com cabos de aço de 200 lb para os bichos grandes de lá. Aí eu pergunto: e se não tiver saindo os grandões ou se estiver demorando o dia todo para pegar um ou outro peixe?
E pior: se você está indo pela primeira vez e nunca pescou esses peixes brutos antes e fica entediado de tanto esperar as duas horas ou mais no mesmo ponto, algo bem comum por lá? Acabou a pescaria para você? Não!
Nem brinque com isso. Ou se você quer ir para o Araguaia e para fazer uma pescaria de peixe de couro mais dinâmica, deixando de lado os longos tempos de espera? Tem solução para estas todas estas hipóteses: pescar bargada.
Mas quem já ouviu falar da bargada? Ou surubim-chicote? Sabem onde procurar e como se pesca este torpedo em forma de peixe de couro? Ele é nativo das bacias dos rios Tocantins/Araguaia e de alguns rios do Amazonas. Na literatura existente, seu tamanho máximo pode alcançar os 1,50 m, mas na prática, já se ouviu relatos de peixes beirando 1,60 m. Uma pescaria bem dinâmica, apesar de ser praticada a modalidade da pesca de espera, o peixe quando ataca a isca, geralmente não escapa e o melhor de tudo, é uma briga digna de grandes velocistas.
A íntegra desta reportagem você confere na Edição 288 da Pesca & Companhia