Os modelos de criados para superfície e sub superfície são uma boa solução para os dias em que esses populares predadores estão manhosos
Por Guilherme Monteiro
Existem uma série de circunstâncias que fazem a traíra (Hoplias malabaricus) perder a voracidade e a violência que estamos acostumados a ver, e deixam a espécie mais manhosa, com ataques mais tímidos, em especial àqueles feitos na superfície.
A água mais fria, vento, pressão, são alguns dos fatores climáticos que podem provocar esse comportamento. Some a isso, fases como a da reprodução para tornar as dentuças mais lentas e menos certeiras nos ataques – fato quo que acontece mais especialmente nas vésperas e após o período do “choco”.
Uma das soluções encontradas por mim, foi usar as wakebait, artificiais de corpo volumoso – muitas vezes lembram as crankbaits de barbelas mais curtas e angulação especial para nadarem na superfície. Estas iscas nadam de forma suave, que lembram a uma zara, mas fazendo um ziguezague mais curto e uma ondulação parecida com a de alguma presa nadando lentamente na superfície, o que é ideal para os peixes que não estão ativos o suficiente para perseguir iscas em movimento rápidos.
Lembro-me perfeitamente quando comprei a minha primeira Hunchback 80 (Strike Pro). Estava indo pescar a tornassol no Uruguai e parei em Rivera para pegar a uma artificial parecida, porém, com barbela mais longa, para fisgar o peixe em um ponto com fundo de pedras, onde as “traíras azuis” costumam ficar.
Ao chegar na loja, só encontrei o modelo de barbela curta. O vendedor pouco sabia explicar sobre o plug. Mesmo assim, comprei por instinto e na hora que caiu na água foi um festival de fisgadas – desde então tendo esta solução sempre na minha caixa para pescar traíras.
A íntegra desta reportagem você confere na Edição 288 da Pesca & Companhia