Ação se deu em Porto Murtinho (MS), mesmo depois do projeto ter sofrido uma série de afrouxamentos
Por Lielson Tiozzo
Empresários do turismo de Porto Murtinho não estão nada satisfeitos com o projeto de cota zero de transporte do pescado em Mato Grosso do Sul. Como forma de protesto, eles interditaram um trecho do Rio Paraguai no último domingo, 10, e impediram a passagem até mesmo de navios. Há duas semanas houve um protesto na sede do governo Estadual também reclamando sobre o tema.
“Houve uma manifestação pacífica com apenas seis embarcações”, confirmou à reportagem da Pesca & Companhia, a Polícia Militar Ambiental.
O governador Reinaldo Azambuja ainda não se manifestou. No entanto, num encontro promovido entre empresários, pescadores profissionais e um agente do governo estadual, o projeto sofreu afrouxamentos.
A cota para 2019 seria de 5 kg de pescados, mais 5 exemplares de piranhas. Estes deveriam ser consumidos no local da pescaria. E a partir de 2020 cada pescador licenciado teria direito a consumir apenas um exemplar. O curimba, protegido há 20 anos, estaria fora da lista de proteção. Apenas o dourado, o qual teve proteção estabelecida já aprovada, por enquanto, tem cota zero.
Mesmo assim, donos de pousadas reclamam. Muitos alegam que pacotes vendidos já a partir de março foram cancelados. Por enquanto, apenas o pesque-e-solte está liberado na calha do Rio Paraguai. A proibição da pesca por conta piracema – o período de reprodução dos peixes – termina no final de fevereiro.