Que tal encarar o tambaqui em seu habitat natural e provar de uma sensação única na pescaria?
Por Roberto Conti
Se prepare para fazer força! Na primeira corrida na pescaria de tambaqui, no mínimo, 50 metros de linha são arrancados da carretilha. Com uma briga limpa (ele geralmente não procura estruturas nesta pescaria), este peixe não se entrega sem antes fazer o pescador suar. É um verdadeiro tanque de guerra. Essa “máquina” se chama tambaqui.
Não é de hoje que os pescadores vêm se viciando em brigas com os grandes peixes redondos. Nos pesqueiros, os grandes tambacus são os queridinhos. Na natureza, os mais comuns de se pescar, são os pacus (Piaractus mesopotamicus), que brigam muito, mas não são tão grandes. Os maiores, da Bacia do Prata (região dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai), não passam de 20 kg, segundo a literatura.
Mas o maior de todos esses peixes redondos é o tambaqui (Colossoma macropomum), que pode chegar aos seus 40 kg facilmente, também segundo a literatura.
À convite da Amazônia Fishing Lodge, uma pousada na beira das águas do Rio Teles Pires, próximo à jusante da barragem da usina hidroelétrica São Manuel, fomos procurar essas feras. Murilo Rassi foi meu parceiro de barco. A ideia inicial, era pescar os tambaquis com frutas silvestres da época, mas com o atraso da cheia, as frutas caíram e as águas não chegaram aos pés das árvores.
Isso fez com que a gente fosse pescar nas cevas, em pontos estratégicos ao longo do curso do rio. Com essa estratégia de pesca, descobri que se fizer cevas constantemente, os tambaquis ficam condicionados a comer nelas o ano inteiro, ao contrário do que se pensam, que eles só pegam nas épocas de cheias.
Outro ponto positivo de pescar em cevas, é que a briga com os peixes facilita, porque ao invés deles procurarem as estruturas do alagado para tentar escapar do anzol, eles preferem rumar para o rio, dando vantagem ao pescador na hora da briga. Então, quando for marcar uma pescaria para os lados do Teles Pires, pergunte para o pessoal da pousada, como estão as cevas de tambaquis.
A íntegra desta reportagem você confere na Edição 290 da Pesca & Companhia!