Alerta de dequada assusta, mas não provoca danos no Pantanal

Pescadores estariam aproveitando a debilidade dos peixes para praticar pesca predatória, mas dequada teria sido de “pouca significância”

Um alerta de dequada chamou a atenção da Polícia Militar Ambiental na região de Porto Murtinho (MS). Imagens de peixes mortos ou morrendo por conta do fenômeno típico do Pantanal circulavam nas redes sociais. E, de acordo com as denúncias recebidas, pessoas estariam aproveitando a situação para a prática da pesca predatória.

No entanto, a PMA intensificou as fiscalizações nos rios Apa e Paraguai. Embora tenha constatado a presença de poucos peixes mortos, pôde comprovar que houve uma dequada de “pouca significância”.

“Fotos de pescadores com peixes que estariam morrendo pelo fenômeno, estariam sendo capturados indiscriminadamente. Na região, as equipes abordaram 12 embarcações. Mas nada irregular foi encontrado e nem petrechos ilegais armados no rio foram encontrados”, informa a PMA.

A corporação trabalha com a hipótese de que as imagens recebidas por policiais tenham sido capturadas no Paraguai. “E não havia como confirmar se os peixes teriam sido capturados no fenômeno de decoada”.

O Comando alerta que, mesmo que o pescado esteja morrendo pelo fenômeno da decoada, “as pessoas precisam respeitar as normas de pesca”. Os pescadores não podem utilizar petrechos proibidos ou capturar pescado fora das medidas permitidas. E precisam ainda respeitar as cotas de captura para a pesca profissional e amadora.

A preocupação se dá porque muitos peixes que sofrem decoada não morrem. Conforme o rio segue a corrente, a água vai se auto-depurando e vários espécimes sobrevivem. “Por isso o monitoramento da fiscalização é fundamental”, explica a PMA.

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A dequada provoca uma diminuição da quantidade de oxigênio na água, provocando a morte dos peixes