Vale lembrar que espécie faz parte da “Lista de Espécies ameaçadas de extinção”, a qual a Secretaria da Aquicultura e Pesca quer a suspensão
Por Lielson Tiozzo
O recorde da piracanjuba (Brycon orbignyanus) pode ser considerado um dos mais fáceis de serem batidos. Consta nos registros da IGFA que o maior exemplar capturado (categoria All Tackle) pesa 0.620 g (1 lb 6 oz).
Esta captura se deu há mais de 20 anos. Em 16 de abril de 1998, no Rio Piquiri, em Mato Grosso. O autor: o brasileiro Helder Coutinho, que também chegou a ter o recorde da piraputanga.
A piracanjuba é uma das espécies que consta na lista “Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção – Peixes e Invertebrados Aquáticos”, publicada em 2014. O documento foi elaborado com base no processo de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira, por técnicos do ICMBio.
Recentemente o Ministério da Agricultura, por meio da Secretaria de Aquicultura e Pesca, pediu ao Meio Ambiente a suspensão desta lista. Nela estão 475 espécies, sendo 9% classificadas como ameaçadas de extinção, dos quais 98 são peixes marinhos, 311 peixes continentais e 66 invertebrados aquáticos. O MAPA alega que a proteção de algumas espécies gera prejuízos para a pesca comercial.
Encontrada em praticamente toda a Bacia do Rio da Prata, as piracanjubas proporcionam boas brigas. São pescadas no Brasil, no Paraguai, na Argentina e no Uruguai. Nos países de língua espanhola são conhecidas como “salmón”. Podem ser capturadas com iscas naturais, inclusive no meio de cardumes de piaparas e piraputangas, ou até mesmo com artificiais e fly.
E por que o recorde é fácil de ser batido? Porque é comum exemplares de até 6 kg e mais de 60 cm de comprimento serem fisgados, sobretudo no Rio Paraná. Para homologar um recorde, o pescador deve seguir as regras da IGFA e fazer o processo. CLIQUE AQUI.