Estrela dos trópicos: uma pescaria cinco estrelas no Panamá

O Tropic Star Lodge ruma para a profissionalização no atendimento aos aficionados pelas técnicas de arremesso e jigging que buscam os grandes troféus das costeiras panamenhas

Por Jum Tabata

Montanhoso, coberto por vegetação e rico em recortes, é um litoral rochoso que até lembra bem o brasileiro. Porém, em meio aos turbilhões de água e espuma formados pela passagem do mar por entre as rochas e corais, transitam peixes de porte e comportamento diferenciados, capazes de desferir ataques de parar a respiração do mais experiente dos pescadores. São os grandes predadores costeiros das águas do Panamá no lado do Oceano Pacífico, mais precisamente nos arredores da Baía Piña ou Piñas Bay.

Ali fica o Tropic Star Lodge, mundialmente conhecido por seu padrão de hospedagem e da pesca esportiva que se dá a partir de suas instalações, imersas na Floresta de Darien e acessíveis somente por via marítima ou aérea.

Ao longo de 56 anos de história, as lendárias embarcações Bertram do lodge amealharam mais de 300 capturas homologadas como recordes pela International Game Fish Association (IGFA), com nítido destaque para as espécies de peixes-de-bico ali encontradas: agulhão-vela ou sailfish e três variedades de marlim – o listrado, o azul e o gigante marlim-negro, além de massivos atuns-amarelos (ou yellowfin tuna) que alcançam a casa de três dígitos na balança, tornando a região um paraíso inquestionável da pesca offshore.

Horizonte novo

Mas o “big game” não se restringe a mar aberto. Há até pouco tempo considerada coadjuvante da pesca oceânica, a pesca costeira e em parcéis, empregando tanto plugs quanto jigs, tem galgado o papel de protagonista em meio a um público muito mais interessado em técnicas de popping e jigging. No lugar de farnangaios e lulas artificiais, sticks, poppers e jigs metálicos.

No lugar de bicos, bocas e dentes enormes, como os das vorazes caranhas panamenhas, que não se intimidam com baixas profundidades e a luz do sol ao engalfinhar na flor d’água iscas trabalhadas a poucos metros do barco.

De olho nessa tendência e a par de seu franco crescimento entre pescadores esportivos brasileiros, a direção do lodge buscou capacitação para profissionalizar-se no atendimento a esse público. A missão de treinar as tripulações do Tropic Star Lodge foi entregue a Thiago Felzen, um brasileiro de Recife (PE) e radicado em Florianópolis (SC), com vasta experiência em pesca de mar e capitão certificado pela IGFA há 12 anos.

“Uma honra e uma responsabilidade de tamanho semelhante”, disse ele em relação ao convite, feito na edição passada do Pesca & Companhia Trade Show. “Não é tarefa simples passar a importância da passada perfeita para o jig e principalmente como executá-la a quem corrica quase o tempo todo, mesmo que com maestria”.

De fato, tornar-se capitão de uma das Bertram 31’ do Tropic Star Lodge significa ter passado por um período de 8 a 10 anos de treinamento, cristalizando conhecimentos em torno da pesca oceânica.

Para ajudá-lo na tarefa, Felzen reuniu uma equipe multidisciplinar de pescadores com diferentes bagagens em água salgada. Assim, voou para a Cidade do Panamá na companhia de Alexandre “Waka” Matsunaga, Gustavo Uemura, Marcos Hamamura, André Nagae e eu.

Dali, seguimos para o lodge em um voo fretado com duração de cerca de 50 minutos. O grupo teria pela frente quatro dias de treinamento para trocar o máximo de experiências com capitães e seus marinheiros (“mates”) e, claro, conferir na prática o potencial dessas águas.


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