Região tem pesca esportiva em barco-hotel requintado e muito peixe na linha
Por Débora Bordin – é jornalista da FundturMS por profissão, viajante por convicção e pescadora entusiasta
Já pensou em passar cinco dias pescando? Claro que sim. Em rios com extensão a perder de vista, várias espécies e de tamanhos iguais ao do seu sorriso quando você tira o troféu da água? É o que todo pescador quer. Imagina tudo isso somado à infraestrutura de excelência, conforto, diversão e muita, muita paparicação? Pois isso tudo é possível no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá, que oferece conforto cinco estrelas num barco-hotel em pleno Rio Paraguai.
E foi isso o que um grupo de 50 pessoas, entre pescadores profissionais, amadores, entusiastas e turistas despretensiosos experimentou no início de fevereiro. O Kayamã, nome do barco-hotel onde estavam embarcados também 42 tripulantes, partiu do Porto Geral ao pôr-do-sol, rumo à imponente Serra do Amolar, ao norte de Mato Grosso do Sul.
A experiência de uma viagem de pesca é sempre muito emocionante e rica, em qualquer tipo de embarcação. Mas essa experiência se supera quando o pescador é surpreendido por uma estrutura fantástica e um atendimento impecável, onde você e sua família são tratados como as pessoas mais importantes do mundo. Sem falar na energia boa da pescaria, onde o foco de todos que estão embarcados é a boa pescaria.
O roteiro
O dia começa cedinho. Às 5 da manhã já está servido um belo café-da-manhã no barco-hotel atracado em algum ponto do Rio Paraguai, o guia já está com seu barco de pesca preparado para subir o rio e os pescadores já estão contando suas histórias. São dois pescadores por barco e o guia de pesca que, se você quiser, prepara tudo para você só lançar sua isca na água. E se você nunca pescou, não tiver experiência alguma, ele lança para você também, sem crise. Sua missão pode ser só a de fisgar o peixe, tirar uma foto linda e devolver o exemplar para a água.
No final da manhã os barcos de pesca voltam ao barco-hotel para um almoço de respeito. A gastronomia é de alta qualidade e baseada na cultura local, com caldo de piranha, costelinhas de pacu, pintado assado, churrasco, além de outras delícias brasileiras. Por falar em churrasco, os guias de pesca são especialistas em “churrasco na praia”, como aconteceu num dia inteiro de pescaria em que fizeram churrasco e peixe frito numa praia na Lagoa Uberaba, que fica na Baía Infinita (sim, parece um mar de tanta água).
Além de churrasco na praia, os guias podem fazer um ceviche de piranha, caso você encontre um cardume e faça uma boa pescaria delas. E ele faz no barco mesmo, ali, na cara do gol. E é saborosíssimo, acredite. Aos que resolveram almoçar no barco e tiraram uma bela siesta após o almoço, tem ainda a pescaria da tarde. Aí é só voltar ao final do dia com a alegria das histórias dos muitos peixes que você pegou e claro, dos imensos que escaparam da sua isca.
Não podemos nos esquecer de quem, por algum motivo, não quer sair para pescar toda hora. A estrutura do barco-hotel conta com sala de TV, 3 piscinas (uma delas integrada ao bar), sala de jogos, american bar e até uma prateleira de livros. Tem também uma academia para quem se sentir culpado porque experimentou os bolinhos de chuva e bolos de chocolate no lanche da tarde. Toda área interna do barco é climatizada, possui quartos e camarotes com varanda, além de cabines para passageiros com deficiência física ou mobilidade reduzida. E há elevador de acesso aos quatro andares da embarcação.
Final do dia, hora de voltar da pescaria e prosear com os amigos que foram feitos durante a jornada, tomar uma cerveja ou um drink e relaxar. Às 19h30 é servido o (maravilhoso) jantar e a noite termina cedo para quem quer começar tudo de novo no dia seguinte.
A íntegra da reportagem você confere na Edição 301 da Pesca & Companhia!