Polícia Ambiental está de olho no aumento do fluxo de pescadores por conta do isolamento social e da Semana Santa
Por Lielson Tiozzo
A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul já começou a Operação Semana Santa. Pelo menos 310 policiais estão em pontos estratégicos para conter os crimes ambientais, em especial o de pesca predatória, em diversos pontos do estado até às 12h da próxima segunda-feira, 13. Existe a expectativa de um grande fluxo de pescadores, uma vez que existe a tradição de religiosa de comer peixe nesta época.
Além da preocupação com o volume de pescadores, a PMA está atenta aos pescadores que não estão cumprindo a orientação de isolamento social. Em conversa com a reportagem da Pesca & Companhia, o tenente-coronel Ednilson Queiroz alertou que “pessoas de outros estados estão vindo para os seus ranchos de pesca neste período”.
“A Polícia Militar Ambiental intensificou a fiscalização durante esse período de quarentena no Estado, ao perceber um aumento de pescadores nos rios, pois várias pessoas estão indo para os ranchos e propriedades rurais margeando rios para a quarentena e acabam praticando pesca. Várias pessoas foram presas nesse período”, adverte a corporação, por meio de nota.
Apesar da recomendação para evitar sair de casa, a pesca não está proibida. Por isso a PMA também lembra que a partir desde ano está em vigor uma nova regra de pesca no Estado, a Lei da Cota Um. Cada indivíduo tem o direito de transportar apenas um exemplar, mais cinco piranhas. O dourado e a piracanjuba estão protegidos e devem ser soltos. O pescador também deve portar a Licença de Pesca Estadual caso esteja em rios que nascem e desaguam nos limites de Mato Grosso do Sul
“Ainda que o foco seja a fiscalização à pesca, como em outras operações, outros tipos de crimes e infrações ambientais serão fiscalizados, tais como: o desmatamento ilegal, exploração ilegal de madeira, incêndios, às carvoarias ilegais e ao transporte de carvão e de outros produtos florestais e outros crimes contra a flora, caça e outros crimes contra a fauna, bem como transporte de produtos perigosos e atividades potencialmente poluidoras”, escreve a PMA.