Penn Squall 50 VSW – a carretilha para grandes desafios

Com boa capacidade de linha e custo acessível, este modelo da Penn tem as qualidades necessárias para enfrentar a “rainha do rio” no Araguaia

Por Pepe Mélega

A Penn Squall 50 VSW é grande, robusta e comporta 500m de monofilamento 0,92mm – o diâmetro mais usado no Rio Araguaia para a pesca de piraíbas.

O seu corpo e tampas são de grafite, mas apresenta um peso considerável, aproximadamente 1,5 kg.

A carretilha possui carretel de alumínio e engrenagens de aço inox. É um trator como a sua irmã mais sofisticada, a International 50 VISW, que possui corpo de alumínio anodizado e pesa pouco mais de 1,85 kg.

Ela possui duas velocidades de recolhimento: 2.9:1 e a 1.5 – que é a com maior força de tração e é muito útil em algumas situações.

A Penn Squall ainda vem com quatro rolamentos blindados de aço inox, que garantem maciez e vida longa às peças móveis, como engrenagens e carretel.

Como toda carretilha para pesca pesada em que é normal soltar a linha com o barco em movimento, não possui guia fio, ou seja, é para pescaria bruta.

No mercado, ainda temos a versão 30 VSW – que me proporciona uma pegada mais segura para pescadores de mãos pequenas. Ela comporta 350 m de mono 0,92mm e possui os mesmos recursos de sua irmã maior.

Na água

Em minha última viagem ao Araguaia experimentei a Penn Squall 50 VSW. De imediato, percebe-se que é um material de porte avantajado.

Ao pegar meu primeiro peixe com ela, a sensação foi de brigar com o equipamento e não com o animal. Não usei cinto ou colete de apoio, o que tornou o trabalho desajeitado, mas no final a pirarara foi embarcada.

Um dos pontos altos da Penn Squall foi a praticidade. Seu sistema de fricção Lever Drag, ajuda muito na hora de fisgar e facilita demais alterar para mais ou para menos o freio durante a briga.

O sistema tem um botão abaixo de uma alavanca com pontos de ajuste. O Strike deixa a fricção travada, ideal para uma fisgada.

Alterar a velocidade de recolhimento também é muito tranquilo, nas não pode recolher linha enquanto se faz a mudança. O carretel precisa estar parado, como mudar a tração em carro 4 x 4 mais antigo.

Existe um botão na base da manivela, que fixa ao eixo das engrenagens. Ao apertá-lo, o pescador sai de uma velocidade mais lenta e com mais força de tração (1.5:1) para a velocidade mais rápida (2.9:1).

Outro detalhe interessante é o sinal que fica a um ponto antes do ajuste que destrava a fricção. Use essa posição para soltar a linha, pois o carretel não fica totalmente livre (como na posição free) e evita uma possível cabeleira.

Quando passei a usar o colete, parei de brigar com o equipamento. Ainda deveria ter usado o cinto de apoio porque traz um conforto extra e segurança durante a briga com os peixes fisgados.

Para finalizar

É preciso se acostumar com carretilhas desse porte, são grandes e pesadas. Por isso lembre-se de usar os acessórios, pois fazem muita diferença.

Acredito que a Penn Squall 50 VSW é super adequada à pesca que se realiza no Rio Araguaia. O modelo menor (30) também atende muito bem os que desejam experiências com peixes de couro como jaús, pirararas e piraíbas pelos rios do Brasil, assim como o Araguaia.

É verdade que o sonho de consumo continua a ser a Penn International, mas o custo de uma Squall é mais de 45% em conta.

A Penn Squall vista por todos os ângulos. A carretilha é robusta e tem um elegante acabamento com detalhes dourados