Cientistas húngaros criam involuntariamente uma nova espécie, que foi apelidada de sturddlefish
Por Alex Koike
Enquanto estudavam processos biológicos, os pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Inovação Agrícola da Hungria criaram uma nova espécie: um peixe híbrido do esturjão russo e o de peixe-espátula.
O animal foi chamado de sturddlefish e a sua descoberta foi compartilhada pelos cientistas no periódico Genes.
O esturjão é famoso por suas ovas (o caviar) e a sua pesca predatória colocou as populações da espécie em risco de extinção. Situação similar ao do peixe-espátula.
Na China, ele foi extinto em 2020. Um estudo publicado pela revista científica Science of the Total Environment também apontou a pesca predatória como motivo da diminuição populacional da espécie junto com a construção de uma hidrelétrica.
O peixe espátula atingia sete metros de comprimento, chegou a ter uma cota de captura estimada em 25 toneladas por ano nos anos 1970.
Como aconteceu
Os cientistas húngaros explicaram que a intenção era realizar a ginogênese – processo, em que os ovos de determinada espécie são desenvolvidos e o material genético masculino não intervém ativamente.
Porém, para a surpresa dos envolvidos, a experiência produziram o peixe híbrido das duas espécies que sobreviveram até a fase adulta.
Os cerca de 100 exemplares ainda vivos podem ser divididos em três grupos: os parecidos com o peixe-espátula, os similares com o esturjão russo e os que possuem ambas
características.
A criação de híbridos pela ciência não é incentivada, pois os riscos de algo dar errado e causar sofrimento ao espécime são grandes.

sturddlefish. Na foto 3, o peixe-espátula, espécie extinta da China (Foto: Genes)