Ministro da pesca traça aumento de exportações como objetivo

André de Paula admite falta de experiência no setor, mas reforça que entende de política

Ministro da Pesca no governo Lula, André de Paula admite que a sua nomeação não é técnica e, sim, política. Ou seja, ele reconhece que não entende muito do setor, mas garante que sua experiência de décadas em Brasília o fará atrair olhares para o Ministério. 

“Não sou da pesca. Tenho a convicção de que a escolha não foi por um técnico e sim por líder político, como eu sou. Tenho 32 anos de vida pública… Meu sentimento é que estou aqui, depois de montar um equipe consistente, para liderar um processo com várias questões que passam pelo Congresso, como Orçamento, arcabouço jurídico para modernizar a atividade, equidade tributária para a ração e outras. Ou seja, um líder político para animar a tropa e correr atrás de resultados”, comentou, em entrevista ao “Globo Rural”. 

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Falando em resultados, André já faz um balanço dos dois primeiros meses dele à frente da nova função. Ele diz que lutou e lutará ainda mais para aumentar as receitas para o Ministério, que foi recriado em janeiro, após sete anos na condição de secretaria. 

O Ministério da Pesca e Aquicultura foi criado em 2009, justamente no governo Lula.  Ao longo de sete anos e três meses, foram seis ministros. Altemir Gregolin, por sua vez, foi o primeiro e ficou à frente da pasta entre 2009 e 2010. 

“Tínhamos um orçamento em torno de R$ 20 milhões como Secretaria Nacional da Pesca. Agora, temos R$ 300 milhões. Ainda é pouco, mas é um objetivo que eu vou perseguir. Aí, entra na minha seara porque o Orçamento passa pelo Congresso Nacional”, contou Paula. 

Por fim, o ministro da pesca destacou que quer impulsionar as exportações de peixes. 

“O fundamental agora é batalhar pela nova reavaliação. Tendo sucesso nessa pretensão, e teremos, vamos marcar essa passagem aqui por dois momentos: antes e depois de voltar a exportar pescado para o mercado europeu”, analisa André.