Acyrtus simon, nova espécie de peixe-ventosa com apenas 3 cm, encanta pesquisadores pela sua beleza e habitat peculiar
Pesquisadores das universidades Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) e USP (Universidade de São Paulo) anunciaram a descoberta de uma nova espécie de peixe-ventosa, o Acyrtus simon, na Ilha de Trindade, localizada no Espírito Santo, a mais de mil quilômetros da costa brasileira. Com seus meros três centímetros de comprimento, esse pequeno tesouro da biodiversidade marinha tem chamado a atenção pela coloração em tons de rosa e por habitar águas rasas próximas a recifes vulcânicos.
O nome Acyrtus simon é uma homenagem ao falecido doutor em biologia animal pela Ufes, Thiony Simon, que tristemente perdeu a vida durante um mergulho durante seu pós-doutorado. A descoberta da nova espécie foi resultado de anos de análises e comparações com outros animais, e somente recentemente novas amostras foram encontradas, permitindo a sua correta identificação e classificação.
Desde 1995, a Ilha da Trindade tem sido um paraíso para a pesquisa científica devido à sua rica biodiversidade. O biólogo e especialista em taxonomia, João Luiz Gasparini, pesquisador associado da Ufes e um dos especialistas envolvidos na equipe de estudo, já esteve por trás da descoberta de outras oito espécies nessa região. Gasparini destaca a importância da genética como uma ferramenta essencial na identificação do Acyrtus simon e de outras espécies, permitindo uma análise molecular e a identificação dos parentescos.
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A equipe responsável pelo achado é composta por pesquisadores do Centro de Biologia Marinha da USP, do IctioLab (Laboratório de Ictiologia) da Ufes, do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da California Academy of Sciences, em colaboração com a Marinha do Brasil.
A descoberta do Acyrtus simon é mais uma evidência da importância da preservação dos ecossistemas marinhos e da necessidade contínua de pesquisa e monitoramento das águas brasileiras. Os esforços conjuntos entre instituições acadêmicas e órgãos governamentais têm se mostrado essenciais na identificação de novas espécies e na proteção dos ambientes naturais, garantindo a riqueza da vida aquática para as futuras gerações de pescadores esportivos e amantes da natureza.
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