Secretário adjunto da Semagro, de Mato Grosso do Sul, rejeita argumento de parte do turismo sobre a cota zero do pescado no estado
Por Lielson Tiozzo
A implementação da cota zero do pescado em Mato Grosso do Sul tem sido motivo de rejeição por empresários do turismo. A alegação é de que a maioria dos turistas vem para o estado a fim de levar o peixe para casa. No entanto, a argumentação é rejeitada pelo secretário adjunto da Semagro, Ricardo Senna.
“Ninguém compra pacote de pesca com a cota de pescado incluída”, afirma à Pesca & Companhia. “Não quero acreditar nisso. Sou pescador e sei que, na verdade, vendem um serviço, uma hospedagem, com o guia e o atendimento”, continua Senna. “Nunca dá para prever que numa pescaria você vai pegar 5, 10 kg e levar para casa”.
Ainda na quarta-feira, 20, houve um encontro promovido pela OAB, em Campo Grande (MS). Diversos empresários do estado, agentes ligados aos órgãos ambientais e até mesmo prefeitos estiveram presentes. Não existe um consenso.
No entanto, a Pesca & Companhia apurou alguns detalhes. A cota zero de transporte do pescado deve ser aplicada somente a partir de 2020. E ainda assim haverá uma “cota do bom senso” para consumo local. Para este ano, haverá a redução de 10 para 5 kg de peixes, mais um exemplar qualquer e cinco piranhas.
“Estamos querendo implementar, na verdade, o pesque-e-solte em todo o estado. Isso já é feito em outras regiões. Estamos perdendo turistas e temos que fazer uma recuperação”, afirma o secretário.
A pesca em Mato Grosso do Sul, assim como em boa parte do Brasil, será liberada a partir de 1º de março.