Multas chegaram a quase R$ 28 mil e Polícia Militar considera número dentro de normalidade
Por Lielson Tiozzo
A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul prendeu 9 pessoas e aplicou R$ 27.244 mil em multas depois de um ano da proibição da pesca do dourado. A medida foi implementada nos rios do estado em 11 de janeiro de 2019 por meio de uma Lei Estadual válida por cinco anos. O levantamento foi feito a pedido da Pesca & Companhia.
Em 2019 a PMA/MS autuou 188 pessoas por infrações de pesca. Sendo assim, os que foram flagrados desrespeitando a proibição representam “apenas” 4,78%. Considerando que o ano tem 9 meses totais de pesca liberada em Mato Grosso do Sul (de março a outubro), a média fica de um flagrante por mês.
De acordo com o tenente-coronel da PMA/MS, Ednilson Queiroz, com a Lei houve um aumento de probabilidade de encontrar pescadores cometendo o crime ambiental. Mas ele ressalta que estas pessoas já poderiam praticar a pesca predatória, uma vez que em muitos flagrantes também haviam capturado outras espécies em condições irregulares.
“Consideramos um dado normal. Com a Lei, temos mais chance de prender pescadores. Isto porque, apenas pelo fato da pessoa abater apenas um dourado, já cabe prisão. Porque se não existisse a medida e houvesse respeito às cotas e às medidas, não haveria problema”, explica, em contato com a Pesca & Companhia.
“O que não é o caso das prisões que fizemos. Aquelas pessoas tem um perfil que já cometeriam a pesca predatória com qualquer espécie”, completa.
Mato Grosso do Sul vislumbra uma Lei de pesca que amplie a proteção para mais espécies. A tendência é que o governador Reinaldo Azambuja faça alterações no decreto que determina a cota zero a partir da temporada 2020. Pelo menos um peixe seria autorizado, mas o dourado seguiria protegido.