Encontro com lampreia-marinha, ou peixe-vampiro, foi registrado no país europeu e gerou repercussão nas redes sociais e na internet
O pescador Craig Evans, em busca de trutas em um rio no oeste do País de Gales, teve uma surpresa ao encontrar uma criatura peculiar em suas redes de pesca. Identificada como lampreia-marinha (Petromyzon marinus), também conhecida popularmente como “peixe-vampiro”, a criatura chamou a atenção não só dos curiosos, mas também de estudiosos interessados em explorar mais a fundo o mundo aquático.
As tranquilas águas do rio no oeste do País de Gales se tornaram o cenário desse encontro. Evans compartilhou sua experiência por meio de uma postagem no Instagram, onde relatou com entusiasmo ter testemunhado várias lampreias-marinhas em ação, desovando em águas rasas, a menos de 30 centímetros de profundidade.
A lampreia-marinha é considerada uma das espécies de vertebrados mais antigas, com origem no norte e oeste do Oceano Atlântico, conforme informações da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
O peixe é notável por sua dieta singular, alimentando-se principalmente de trutas-de-lago (Salvelinus namaycush) e outros peixes ósseos. Sua boca em formato de disco, rodeada por dentes afiados e córneos, é projetada para prender suas presas, consumindo seus fluidos através de uma língua áspera. Essa técnica singular de alimentação resultou no apelido de “peixe-vampiro”.
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Nos Grandes Lagos da América do Norte, medidas de controle são empregadas devido à ameaça que essa espécie representa. Estima-se que, em um período de 12 a 18 meses, uma única lampreia-marinha possa eliminar mais de 20 kg de peixes.
No ambiente natural do Oceano Atlântico, a interação com outras espécies locais atenuou o impacto dessa espécie. Essa coevolução minimiza os efeitos nocivos sobre seus hospedeiros.
As lampreias-marinhas possuem um esqueleto de cartilagem, destacando-se por essa característica distinta em comparação a outros peixes. Com uma história evolutiva que se estende por mais de 340 milhões de anos, esses peixes têm uma jornada que vai de se alimentar principalmente de pequenas algas e microrganismos em água doce para se tornar predadoras de peixes maiores no oceano. Após a desova, que ocorre em junho, essas criaturas completam seu ciclo, marcando o fim de sua vida.
O exemplar que Evans encontrou media cerca de 60 centímetros e pesava em torno de 1 kg.
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