Dicas especiais para localizar essa espécie com mais facilidade e as táticas para fisgá-la nessas situações
Por Alex Koike
A traíra e conhecida por sua violência ao atacar as iscas artificiais, pela força na hora da briga e pelos explosivos ataques na superfície ou fortes pancadas quando pegas no fundo.
Ela é encontrada em todas as regiões do País e habita desde pequenos córregos, lagoas, grandes rios, até lugares com águas com certo teor de salinidade e baixa oxigenação. Também se adapta a climas quentes ou frios.
Territorialista, ela tem predileção por sombras, próximas às estruturas, ou seja, vegetação aquática, troncos ou pedras; lugares que formam um ótimo esconderijo para ficar à espreita de suas presas.
Mesmo sendo uma espécie que ataca as iscas com vontade, é um peixe que tem muitas manhas, por isso o pescador tem que conhecer os seus hábitos.
Por onde começar?
Não existe uma regra. Cada local de pesca tem sua peculiaridade.
Um bom começo é buscar um local raso, de até 2,5 m, e com estrutura. É nesses locais que a espécie fica logo pela manhã, pois passaram a noite caçando.
Portanto, comece pescando pelas partes mais rasas e depois parta para os locais mais fundos.
Bocas e fundo de baías são locais estratégicos que não devem passar em branco. Bicos e saliências no barranco também são ótimos locais.
Preguiçosa, muitas vezes é necessário mais de um pincho no local para “acordá-la”.
Se o local escolhido for limpo comece com o popper e alterne a forma de trabalho, de mais lento com toques a mais rápidos fazendo barulho.
Caso tenha pela frente muitas estruturas, trabalhe um buzzbait ou um toad. Seu trabalho é simples, basta recolher para que seu barulho desperte o ataque das dentuças.
Outra forma
Planeje a pescaria de acordo com o nível de água. Quando está alto é comum a existência de capim e plantas em barrancos e fundos de grota, estruturas que são verdadeiros trairódromos.
Pescar com buzzbaits, toads, spinnerbaits e plugs de superfície nessas estruturas é praticamente certeza de explosões em sua linha.
Em alguns locais, essas plantas também estão no fundo, e arrastar as soft é certeza de muitos ataques.
Em represas com barrancos íngremes, procure os locais desbarrancados. Nesses lugares, grandes pedras, árvores ou até a irregularidade da margem criam os pontos de pesca.
Fique atento ao vento. Em barrancos onde há incidência de marolas, a água tende a sujar e o peixe fica na água suja, pois é mais fácil para se camuflar.
Mais dicas
-Nos lagos de hidrelétricas não dispense os locais onde a água tem velocidade, pois elas adoram ficar nestes pontos. Desembocadura de córregos e ribeirões são pontos estratégicos.
-Para as iscas soft, use um líder ou um empate de aço pequeno para que as dentuças não cortem a linha. É possível capturá-las sem arame , mas o risco de arrebentar a linha existe. Usar anzóis maiores, 4/0 e 5/0 facilita na hora de ferrar as traíras de grande porte.
-Altere a velocidade de recolhimento de sua artificial. Em dias mais frios ou muito quentes, as traíras ficam mais lentas. Já em dias nublados elas atacam mais rápido
-Para os dias que a traíra acompanha a isca e não pega, uma soft no montagem No Sinker ou Back Slide é fatal