Cerca de 60 técnicos e extensionistas estiveram presentes ao evento
Entre os dias 15 e 17 de agosto, a Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas/TO) organizou o o 14º Encontro Técnico do Programa ABC Corte. O evento aconteceu no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Tocantins (Fecomércio).
Cerca de 60 consultores e técnicos participantes do programa compareceram na abertura do evento, inicialmente marcada para 8h30, mas que atrasou por conta do apagão que atingiu quase todo o Brasil. A maioria está participando pela primeira vez do Programa.
O Encontro promoveu capacitações teóricos e práticas dos principais aspectos tecnológicos trabalhados no ABC Corte: fertilidade do solo; manejo do pastejo; manejo de daninhas; manejo de insetos-praga; planejamento alimentar; suplementação de bovinos em pastejo; gestão e a metodologia do Programa ABC Corte. Foram 64 horas de teoria e 16 horas de aulas práticas, em campo.
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Atualização tecnológica
A abertura do 14º Encontro Técnico foi realizada por Roberto Flores, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, que deu as boas-vindas aos participantes. Em seguida, o pesquisador Marcelo Cunha, da Embrapa Pesca e Aquicultura, apresentou o plano de atualização tecnológica.
“Nós não queremos moldar nenhum sistema de produção e sim entender os componentes do sistema para oferecer ao produtor a melhor relação custo x benefício. Nem sempre a melhor alternativa é financeiramente viável”, pontuou Cunha, acrescentando que os participantes vão elaborar um projeto para as fazendas participantes a partir da metodologia do ABC Corte.
Durante o evento, foi sugerido que o ABC Corte fizesse parceria com o Banco da Amazônia para a liberação de financiamentos mais baratos, ideia que foi recusada pela coordenação do Programa.
“Sabemos que o dinheiro é a mola propulsora, mas o que transforma o negócio não é a melhor terra, a melhor infraestrutura e sim pessoas qualificadas que transformam aquele lugar”, sentenciou Cunha, que continuou: “O segredo está na gestão. Tem produtor rural que poderia até dar aula em universidade, mas sabemos que isso não é regra. Se fizéssemos parceria para crédito mais barato, iria entrar muita gente sem compromisso com o Programa e não é isso que queremos. Sem conhecimento e habilidade, não se transforma tecnologia em resultado”.